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INÁCIO OLIVEIRA

I. Sobre o autor

Inácio Oliveira, 17 anos, estudante, nascido em Óbidos-Pa, apaixonado por literatura, escreve poemas e pequenos contos, cada linha é uma conversa consigo mesmo e que deseja ser compartilhada com os demais. Contatos com o autor pelo e-mail inaciobidos@hotmail.com


II. Suas Obras


A DIFÍCIL HORA DO ADEUS

- Se eu quisesse fazer você muito feliz, o que faria?

- Fique do meu lado.

- Eu não posso você sabe, é tarde demais, agora entre nós cabe um adeus e nada mais. Olha! Neste momento o outono leva as folhas ao chão, esses pingos de chuva anunciam o inverno e os pássaros estão migrando para uma terra distante…

- Você está chorando?…

- Quando se ama sempre há de chorar um pouco.

- Lembra do tempo em que nada poderia nos separar, o nosso amor tinha gosto de eternidade e nenhuma distância poderia ser maior que o nosso abraço?

- É… mas, às vezes, a mão cruel do mundo destrói até mesmo o eterno e agora tudo tem a cor do efêmero.

- Eu não queria que as coisas terminassem assim.

- As coisas não terminam, as coisas acontecem, numa hora errada, num local errado, há alguém errado e as coisas acontecem. Não há uma escolha ninguém está livre, todos tem um alvo fácil nas costas.

- Você não pode partir, eu preciso de você.

- No início vai ser difícil, mas os anos farão você se acostumar com a minha ausência.

- Eu te amo!

- Ah! Não há nada melhor de ouvir do que estas sete letras e isto será o bálsamo que me guiará rumo à eternidade de onde eu sempre a amarei do fundo da minha alma.

- Eu tenho algo para falar para você.

- Tudo deve ser dito agora ou não teremos outra chance.

- Eu estou grávida.

- Fico feliz em saber que estou partindo mas ficará algo de mim para cuidar de você.

- Como é que vai ser, o que direi ao nosso filho quando ele perguntar pelo pai?

- Diga-o que eu sempre estarei por perto.

- Como é que vai ser quando eu for arrumar seus livros, quando eu olhar a sua fotografia na parede com aquele sorriso imóvel,… como é que vai ser quando eu ouvir suas musicas preferidas; quando eu olhar suas roupas em cima da cama como se esperando você voltar. Saberei que você não voltará mais, mas preferirei pensar que já a tardezinha o verei entrando pela aquela porta naquele sorriso largo e me beijará com gosto de “pra sempre”, como é que vai ser quando eu estiver diante do crepúsculo? Será impossível não sentir você e as lágrimas serão a minha única companhia.

- Isto será saudade e não doerá o tanto quando parece.

- O que vai acontecer, como é que será amanhã?

- Amanhã ainda não será um novo dia.

(Ela o beija enquanto ele fecha os olhos e o pano cai…)

E no banquinho da praça alguém lê distraído no jornal: “BALA PERDIDA MATA JOVEM AO SAIR DA FACULDADE”.